terça-feira, novembro 6

EEB Padre Nóbrega | Nostalgia



Luzerna 


   A estação do Bom Retiro foi construída em 1915, no local então denominado Passo do Limeira (foz do rio Limeira no rio do Peixe), de acordo com depoimento de Henrique Hacker em 1967, tendo sido ele o seu construtor. Esta estação deu origem à vila de Bom Retiro, que em 1946 mudou seu nome para Luzerna
     
   Em 1949 tornou-se um distrito do município deJoaçaba, para mais tarde tornar-se município (anos 90?). Em bora a estação, como todas as outras da linha entre Caçador e o rioUruguai, estivesse à margem esquerda (leste) do rio do Peixe, a cidade desenvolveu-se do outro lado, o oeste, do rio. A estação ficou por muitos anos isolada, e quem nela descia ou embarcava tinha de tomar uma balsa para atravessar o rio, até 1947, quando uma ponte de madeira foi construída. Em 1967, esta ponte ainda era a única ligaçào entre a estação e o distrito, e estava em consições precárias, embora já houvesse planos para uma nova. 
   
   A estação de Luzerna já foi demolida e nada mais resta do seu passado ferroviário. Na verdade, a grande enchente de 1983 deu uma exceelente desculpa para a Refesa desativar e abandonar várias das estações da linha, principalmente as de madeira, que, como a de Luzerna, eram, ou são, a maioria dos casos. 
    
  Aliás, a estação de Luzerna era atípica, pois ao contrário da maioria das estações dessa linha, ficava do lado do rio, ou seja, à direita de quem vai para o sul. Quase todas as estações ficam à esquerda. Por isso a estação ficou totalmente esquecida da cidade, que prosperou a 200 metros rio acima, e na margem oposta. Hoje o local próximo à estação é um vilarejo de no máximo 20 casas. 


Fontes: Álbum Comemorativo do Cinqüentenário do município de Joaçaba, de 1967; jornal Diário Catarinense, de 27/07/2002; Nilson Rodrigues, 11/2002)






Em foto sem data, tirada por Henrique Hacker, a então parada do Bom Retiro.



Em foto de 1917, a vila do outro lado do rio; em primeiro plano, na margem esquerda, a linha da RVPSC




Jornal Padre Nóbrega


    É provável que a dedicação e o amor pelo que se faz com carinho seja a principal chave para fugirmos  dos espinhos deste mundo cruel. Hoje nossa escola conta com um blog, e o avanço tecnológico nos facilita a vida em muito. No entanto este avanço faz com que nós humanos joguemos fora valores do mesmo modo como utilizamos sacolas plásticas. 

Confira abaixo a primeira edição do jornal da escola datado 1937 

 
 























Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.
Albert Einstein
Previsões Inevitáveis
 A evolução tecnológica facilitou a vida das pessoas como nem a ficção científica foi capaz de imaginar. 

MILTON BELLINTANI

Otávio Dias de Oliveira/Ag. O Globo
   A vida real superou a arte. Os supercomputadores não se tornaram mais inteligentes do que o homem nem tomaram as rédeas do poder, como apregoaram autores de ficção científica nos anos 50 e 60. Em vez disso, a evolução tecnológica melhorou a vida das pessoas como esses escritores não foram capazes de imaginar.

   A máquina, e as formas de inteligência artificial desenvolvidas para fazê-la funcionar melhor, vem tornando o lar, doce lar, cada vez mais irresistível.

   Assistir a filmes em casa confortavelmente em home theaters sofisticados e aparelhos de televisão wide screen de até 60 polegadas, monitores de plasma e som digital puríssimo faz muitas salas de cinema parecer um programa menos atraente.

    A quase simultaneidade entre os lançamentos de filmes no circuito comercial e nas locadoras de DVD torna a tentação de esperar que o cinema vá até nossas casas, e não o contrário, ainda maior. Se isso já é bom, vai ficar ainda melhor dentro de poucos anos. Em vez de o telespectador se ajustar à programação das emissoras, ela é que se adaptará às preferências dele, que escolherá seus programas favoritos e receberá, em seu aparelho, apenas aquilo que efetivamente deseja ver.

    A TV por encomenda é apenas uma das facetas da revolução que está em andamento, comandada pela convergência das tecnologias de consumo. Num futuro mais próximo do que se imagina, todos os aparelhos domésticos conversarão entre si. Isso será possível graças às redes sem fio (wi-fi) e à transmissão de dados em alta velocidade. 

    O princípio é o mesmo da internet e da tecnologia da terceira geração de celulares. "A capacidade ä de alcançar o consumidor onde quer que ele esteja e de trocar dados acontecerá em redes de banda larga conectadas entre si", explica o presidente da Lucent Technologies no Brasil - empresa que é líder mundial em implantação de infra-estrutura e serviços para redes móveis 3G -, José Roberto Campos. "Em alguns anos, as pessoas poderão acender as luzes, fechar as janelas ou checar o sistema de segurança de sua casa mesmo estando do outro lado do mundo." Tão simples como, hoje, é tirar os recados da secretária eletrônica a distância.

A convergência das tecnologias em redes de alta velocidade
revolucionará o trabalho, o estudo e o lazer

    A internet de alta velocidade aumentou a oferta de serviços de entretenimento voltados para o indivíduo. Pela rede, é possível ouvir e baixar músicas de qualquer país e de quase todas as épocas - gratuitamente ou a preços mais atraentes do que os de um CD inteiro. 

    Trabalhar em casa, por escolha ou necessidade, virou realidade para milhões de pessoas em todo o mundo. Os celulares top de linha, o palm, o laptop e as câmeras digitais, fotográficas ou filmadoras transformaram cada pessoa potencialmente em uma estação móvel de trabalho. A oferta de ensino a distância cresce em todos os níveis do ensino superior, com a abertura de cursos de graduação e de pós-graduação em grandes universidades brasileiras - como a de Brasília (UnB), a federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a de São Paulo (USP). Sem sair do país, já é possível fazer mestrado em universidades americanas e européias.

    Hoje, a rede mundial de computadores é o principal veículo de navegação na superestrada da informação. Quem não está plugado nela, não seria exagero dizer, é uma espécie de cidadão não-globalizado. Nunca é demais lembrar que há dez anos a internet comercial não existia. Mas essa exclusividade não vai durar muito tempo. Os celulares 3G cumprirão muitas tarefas que, por ora, somente a web é capaz de dar conta. O que a tecnologia não fará por nós daqui a mais dez anos?

Há dez anos, poucos imaginavam que a internet se tornaria um
instrumento de primeira necessidade

    Sem fazer exercício de futurologia ou marcar data para novos saltos tecnológicos, o coordenador do Laboratório de Sistemas Integrados da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, João Antonio Zuffo, confirma que vêm por aí novidades tão boas quanto a internet. "A geladeira fará as compras do mês pela dona de casa informando ao supermercado que produtos estão faltando. Os cômodos da casa ajustarão a intensidade das luzes, do ar-condicionado e da música ambiente às preferências dos moradores", afirma.

    Zuffo sabe o que diz. Ele não fica sentado em sua sala, na Faculdade de Engenharia Elétrica, na USP, esperando o futuro chegar. Em vez disso, comanda uma equipe de 350 pessoas, e 40 doutores em Engenharia da universidade, em projetos futuristas para empresas e governos. "Criamos um pneu inteligente, a pedido da Pirelli, capaz de medir a temperatura e o desgaste dos pneus, além de sua localização por GPS. Como fizemos isso? Injetando um microchip no pneu durante o processo de fabricação." A pedido do governo federal, Zuffo e equipe desenvolveram um projeto de TV interativa para ser usado pelo Ministério da Educação em escolas da rede pública. "Por meio dele, a baixo custo, as escolas terão acesso a redes de computação e estarão integradas com mais eficiência ao sistema de ensino."

Num futuro próximo, a geladeira informará ao supermercado
os produtos que estão faltando

    O carro do futuro também conversará com as redes de comunicação. Você talvez não tenha se dado conta, mas computadores de bordo já atuam como uma espécie de cérebro auxiliar do motorista, comandando funções rotineiras como a queima otimizada de combustível, a redução de emissão de gases poluentes e a regulagem dos freios. Em pouco tempo, farão bem mais que isso.

    Eles saberão quando reduzir a velocidade para evitar colisões, consultarão mapas e informações de trânsito via rede para indicar o melhor caminho, manterão a velocidade adequada para cada avenida e liberarão o motorista de tarefas mecânicas, como trocar marchas e sinalizar mudanças de pista. Com isso, ele poderá desfrutar melhor do sistema de som e imagem instalado no possante. Em vez de ouvir o noticiário, poderá vê-lo enquanto aguarda o semáforo abrir.

    O que pode parecer peça de ficção científica está mais próximo do que se imagina. Já há no mercado produtos como um kit veicular viva voz acoplável ao encosto do banco do motorista, o Nokia 610, que capta o sinal do telefone celular e libera o condutor de usar as mãos para atender ligações - e também efetuá-las no caso de o aparelho possuir comando de discagem por voz. 

O futuro está chegando em doses homeopáticas.